Afinal, o que é “ansiedade”?

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Ana Luisa

Psicóloga

       A ansiedade é uma manifestação comportamental e emocional bastante rotulada e até mesmo considerada sinal de “fraqueza”, sendo uma experiência frequentemente desconfortável mas, na verdade, é um “sinal de alarme” muito importante para a compreensão de situações e de como cada pessoa as experiencia, baseadas em suas trajetórias de vida e experiências anteriores.

       Na Psicologia e nos estudos sobre o comportamento humano, a ansiedade é considerada um mecanismo de defesa primitivo, sendo uma emoção primária e adaptativa, presente no repertório humano há muito tempo. Sendo assim, nos auxilia e detectar previamente situações de ameaça e perigo para assim podermos nos preparar de forma adequada para enfrentá-las.

       Nem toda manifestação de ansiedade indica uma psicopatologia. Sentir-se ansioso/a em determinados momentos é normal e esperado, não se assuste! Só podemos falar em “transtorno de ansiedade” quando esta é “disfuncional” e traz grandes prejuízos para a vida da pessoa, devendo este ser avaliado e acompanhado por um profissional da saúde mental. Em casos de psicopatologia, o tratamento não envolve “cura”, mas sim formas de manejo e cuidado, possibilitando que a pessoa tenha qualidade de vida.

       A ansiedade pode ser identificada através de manifestações corporais e psicológicas/emocionais/mentais, de forma simultânea ou não. No corpo, ela frequentemente é sentida através do coração acelerado, dor no peito, respiração ofegante, etc. Já a nível psíquico, pode se manifestar através dos pensamentos catástróficos (ver sempre o “pior cenário”), dificuldade de concentração, insônia etc.

       Sendo uma emoção, é experienciado em situações específicas justamente para nos sinalizar algo (no caso, situações de ameaça/perigo), portanto não é possível controlar quando aparece ou deixa de senti-la. Mas, através do autoconhecimento você consegue compreender como e quando sua ansiedade se manifesta e buscar formas adequadas de lidar com ela.

Em momentos de ansiedade mais intensa, busque estratégias para se distrair e sair da “crise”. Investigue o que pode ter contribuído para essa manifestação maior apenas quando os sintomas estiverem mais amenizados. O ideal é ter as próprias estratégias e identificar o que funciona melhor para você, mas fica a indicação da prática de respiração diafragmática (clique para aprender como fazer).